sábado, 6 de novembro de 2010



VELHICE, PALAVRA QUASE PROIBIDA; TERCEIRA IDADE, EXPRESSÃO QUASE HEGEMÔNICA.
Annamaria da Rocha Jatobá Palacios.

Baseando-se em estudos que teve como material campanhas publicitárias de cosméticos, a autora fez um embate entre os termos velhice e terceira idade com o objetivo de demonstrar a ocorrência de um fenômeno de mudança discursiva associado às transformações sociais ao longo dos anos.
Palacios dá exemplos e chama a atenção para a existência de duas visões conflitantes de velhice. Uma que representa a idéia “tradicional”, ligada ao conceito de fim de vida, decrepitude, acometimento de doenças, etc. A outra que aponta para a existência de uma terceira idade que remete a sucessibilidade, continuidade, maturidade, etc., onde a expressão terceira idade trata o fenômeno do envelhecimento, liberto de suas conotações negativas. Chama a atenção para a mudança de atitudes e valores relacionados a pós-modernidade quando se percebe praticas e estímulos ao consumo voltados a atender às necessidades da terceira idade.
A autora aborda em seu texto a questão da nova realidade demográfica e declínio da fecundidade e da população mundial que acarretou modificações na estrutura etária da população favorecendo à criação de um grupo de terceira idade caracterizado por uma velhice ativa e direcionada para atividades de lazer e autodesenvolvimento.
“... apesar de que todo indivíduo que chega a terceira idade ser, cronologicamente, velho, esse sujeito, individual e subjetivamente, é impelido, estimulado, incitado, induzido, instigado socialmente a não sentir-se como tal.”
Ela menciona que o uso dos termos, assim como a mudança de atitudes seguem os paradigmas que surgem e se modificam com o passar do tempo, que a mudança discursiva pode estender seus efeitos sobre os sujeitos e suas identidades, as relações sociais e os sistemas de conhecimento e crença.


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